O outro

Tudo aconteceu quando eu era mais jovem, no interior de São Paulo uma cidade chamada de Uru.

Meus avós moravam em uma casa Simples de interior onde havia trilhos de trem e mato fechado nas cercanias.

Lembro bem que eu sempre brincava na casa de meus avós, e enquanto esperava meu avô chegar do trabalho, minha avó estendia as roupas no varal para secar.

Meu avô sempre chegava pelos trilhos do trem e entrava em casa, e neste dia minha vó percebeu uma sombra passando pelas roupas do varal e entrou em casa, imaginando ser ele minha vó gritou para que minha tia preparasse o café como de costume.

Na mesma hora olhei para minha Tia e ela estava pálida, o homem que entrara na casa não era meu avô mas tinha o mesmo rosto.

Calmamente ele acendeu um cigarro de palha, sentou-se na cadeira e ao cruzar as pernas pudemos perceber seus pés como se fossem patas de cavalo.

Olhou para nossas feições assustadas e soltou uma gargalhada ria e fumava, largou o cigarro aceso no cinzeiro e entrou em direção ao quarto de meu vô.

Tudo estava em silêncio minha avó veio a procura de seu marido, mas encontrou nós duas assustadas, o cigarro aceso, e quando apontamos em direção ao quarto do vô, ele ja não estava mais lá.

Minha vó entendeu que se tratava de algo inexplicável, nos trancamos em casa a espera do verdadadeiro aparecer.

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